
O
 presidente Michel Temer deu aval, ontem, para o reajuste do Bolsa 
Família acima da inflação acumulada até junho, a partir de 1.º de julho.
 E o governo vai aproveitar o anúncio para lançar um pacote de medidas 
de estímulo à inclusão dos beneficiários do programa no mercado de 
trabalho.
O
 Palácio do Planalto quer incentivar a formalização do emprego nas 
famílias que recebem recursos do programa de transferência de renda, que
 foi vitrine do governo do ex-presidente Lula. De acordo com os dados do
 IBGE, até abril, a inflação medida pelo IPCA acumula o índice de 4,08% 
em 12 meses.
Quem
 estiver no Bolsa Família e conseguir emprego com carteira assinada vai 
poder continuar recebendo o benefício por mais dois anos, desde que a 
remuneração não ultrapasse três salários mínimos. Se perder o emprego 
nesse período, poderá automaticamente retornar ao programa. O número de 
inscrição continuará válido.
O
 pacote inclui a permanência de agentes do Sebrae nas cidades ou 
microrregiões do País para assessorar os participantes do programa a 
buscarem pequenos negócios. Uma linha de financiamento, que pode chegar a
 R$ 1 bilhão, será oferecida.
O
 Bolsa Família, assim como o auxílio-doença, está passando por um 
pente-fino para identificar se os beneficiários têm realmente direito à 
ajuda do governo. Isso contribuiu para zerar a fila das pessoas que 
aguardam para ingressar no programa.
Em
 entrevista, o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar 
Terra, avaliou que o Bolsa Família é hoje o maior responsável pela não 
formalização do emprego. “As pessoas têm medo de perder o bolsa”, disse.
 Ele deu como exemplo tratoristas de plantações no Sul do País que não 
querem ter carteira assinada para não perder o benefício.
Segundo
 o ministro, o programa deixou ter “viés estatista”. “No governo 
anterior, o Estado era obrigado a manter as famílias pura e 
simplesmente”, afirmou. Os prefeitos que facilitarem a inclusão 
produtiva dos beneficiários serão premiados.
O
 pacote de medidas, que está sendo costurado desde o ano passado, será 
anunciado em junho. “Vai ter reajuste em julho acima da inflação. É uma 
decisão. Tem que ver quanto vai ser a inflação em 12 meses para a gente 
poder fixar o valor”, disse Osmar Terra. Segundo ele, quando o governo 
Temer assumiu, um quarto do valor do Bolsa Família tinha sido corroído 
pela inflação e a falta de reajustes. No ano passado, o programa teve 
reajuste de 12,5% depois de dois anos sem aumento.
O
 ministro informou que o orçamento de R$ 30 bilhões do programa já prevê
 o dinheiro para bancar o reajuste, que não foi afetado pelo corte de 
despesas. “Com o pente-fino, focalizamos em quem precisava realmente. 
Zeramos a fila. Nunca tínhamos zerado a fila.” De maio a abril, os 
benefícios de 2,88 milhões de famílias foram cancelados e outras 2,17 
milhões de famílias ingressaram no programa. A média do benefício pago é
 de R$ 182 por família.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
ResponderExcluirTrnh uma kkk jazz a! A