Especialistas e políticos classificaram como “inevitável” a entrada de
Marina Silva na corrida presidencial após a morte de Eduardo Campos em
um acidente aéreo nesta terça-feira (13). Mas para o economista-chefe da
Gradual Investimentos, André Perfeito, ainda é cedo para entender como a
fatalidade vai alterar a dinâmica do processo eleitoral. . "Sem dúvida,
ele enriquecia o debate eleitoral e será uma perda", disse ao Estado de
S. Paulo. Perfeito lembra que mercado financeiro doméstico reagiu
violentamente nesta quarta-feira ainda com a primeira impressão da
notícia. "Afinal, sem Eduardo a chance de vitória no primeiro turno da
candidata Dilma aumentaria substancialmente. Agora, com a confirmação de
que Marina Silva está viva, e deve assumir seu lugar na campanha, o
mercado diminuiu as perdas", acrescentou, no comentário. Já para o
cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas, Marco Antônio
Teixeira, o principal afetado pela acontecido é Aécio Neves. "Ela
consegue agregar eleitores que tendiam a Aécio apenas no segundo turno e
que, agora, podem fazer a opção pela ex-senadora já no primeiro turno",
avaliou. Teixeira destaca que pesquisas já mostravam Marina Silva como
mais viável, com maior potencial de votos, que o próprio Eduardo Campos.
Segundo o cientista político, ela tem perfil de quem veio do governo e
aglutina também uma perspectiva oposicionista, podendo tirar votos tanto
de Dilma Rousseff (PT) como de Aécio Neves (PSDB). O senador Eduardo
Suplicy (PT-SP) também se manifestou sobre a mudança. Para ele, é
natural imaginar que Marina Silva assumirá a vaga de candidata à
Presidência da República. “Marina já foi candidata e é de se esperar que
isso aconteça, mas isso vai depender do PSB e de todos os partidos
coligados”, disse Suplicy a jornalistas.
Comentários
Postar um comentário