Integrantes do
Fórum Baiano LGBT [lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e
transgêneros] esperam que ainda no segundo semestre deste ano esteja
disponível no estado o ambulatório transexualizador, para realização de
cirurgias de mudança ou “readequação” de sexo, no hospital Universitário
da Ufba. De acordo com Millena Passos, membra do Fórum e presidente da
Articulação Baiana de Travesti (Atras), com a efetivação do Comitê
Estadual de Saúde Integral LGBT, e a consequente instalação do
ambulatório, várias pessoas evitarão se deslocar para os quatro estados
que oferecem o serviço médico no Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Sul e Goiás. No nordeste, Paraíba e Pernambuco também estão
em fase de implantação de centro cirúrgicos com este fim. “Isso vai
representar um grande avanço. Agora, depende de todo um processo de
aprovação do conselho e de se conseguir formar equipes capacitadas para
atender a demanda”, disse Millena em entrevista ao Bahia Notícias.
Segundo Wesley Francisco, integrante também do mesmo Fórum, o tempo
entre a consulta e a realização da mudança de sexo demora em média dois
anos e envolve uma equipe multidisciplinar, com médicos, psicólogos,
enfermeiros, assistentes sociais, entre outros especialistas. “É muito
complicado para a pessoa que quer realizar a “readequação". Por isso,
ela precisa ter todo o cuidado necessário”, avalia Wesley. Tanto a
criação do comitê quanto a construção do ambulatório atendem a demandas
do movimento LGBT, assim como da Política Nacional de Saúde Integral
LGBT. No Brasil, são feitas somente cirurgias de transgenitalização, ou
seja, do sexo masculino para o feminino. As que fazem a mudança do
feminino para o masculino ainda estão em fase de experimentação no país.
(Bahia Notícias)
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