Imagine, um carro sem com as molas cortadas, arrastando-se pelas ruas e
com os pneus batendo nos para-lamas. Este tipo de prática ainda é crime,
passível de multa, apreensão do carro e da carteira do motorista. No
entanto, o Denatran acaba de soltar uma norma que beneficia os amantes
do tuning - a mania de preparar os carros com acessórios. Assim,
automóveis de passeio poderão ter o sistema de suspensão modificado,
segundo resolução 479 do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito),
publicada no "Diário Oficial".
Até então, os carros eram praticamente
obrigados a rodar com os padrões originais de fábrica.
A mudança na lei
beneficia o segmento de preparação e estabelece critérios para que a
prática de rebaixar a suspensão, por exemplo, seja aplicada com alguma
segurança. Pela nova lei, as alterações não podem deixar o assoalho ou o
para-choque do carro a menos de 10 cm de altura em relação ao solo.
Além disso, os pneus não poderão tocar em qualquer parte da lataria nas
manobras de esterçamento. Mudanças no sistema de suspensão precisam ser
autorizadas pelo órgão de trânsito estadual (Detran). Depois, o veículo
ainda deverá passar por uma empresa credenciada para uma vistoria
técnica. A alteração nas especificações originais do carro ficará
registrada no documento do veículo.
Esse tipo de regulamentação já
existe em outros países, como os EUA, onde a prática do tuning é
bastante difundida. "Como a suspensão interfere diretamente na dinâmica
veicular, alterações precisam ser feitas com critério, para que não haja
perdas de segurança ou de estabilidade. Mas percebo que a maioria dos
que rebaixam seus carros estão preocupados apenas com a questão
estética", atenta o preparador Fernando Batista, o Batistinha. Para
deixar o automóvel mais estável, por exemplo, é possível instalar um
conjunto de molas esportivas (mais duras), que custam, em média, entre
R$ 1.000 e R$ 2.500 em lojas de acessórios.(Folha)
Comentários
Postar um comentário