A situação precária de um presídio superlotado em Jequié levou o governo
estadual a colocar entre os 857 internos ao menos 14 galinhas e cerca
de 50 gatos para combater escorpiões, baratas e ratos que se proliferam
no local. Segundo a direção da unidade prisional, cujo número de presos
ultrapassa quase em três vezes a capacidade (368 detentos), as galinhas e
gatos ficam espalhados nos pavilhões, junto com os internos. E onde
comem, fazem as necessidades fisiológicas. Segundo a Defensoria Pública
da Bahia, que há dois anos tornou pública a situação do presídio, a
proliferação se insetos na unidade se dá pela falta de limpeza da rede
de esgoto. "Falta cochão, vigilantes, agentes, policiais...", afirmou a
defensora pública Yana Araújo. Para a defensora, a situação estrutural
do presídio é precária, pois há infiltrações, rachaduras, insuficiência
de alimentos inexistência de sistemas de alarme, falta d'água,
cobertores, dentre outros problemas. Os problemas do presídio foram
relatados numa ação judicial, na qual a Defensoria Pública pediu a
proibição da transferência, para Jequié, de detentos da vizinha Vitória
da Conquista (328 km de Salvador). O pedido foi acatado pela Justiça no
dia 30 do mês passado.
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