No ano da Copa do Mundo, as escolas estabeleceram
calendários diferenciados: umas optaram por férias mais longas no meio
do ano, para englobar todo o período de jogos, outras por liberar os
alunos nos horários ou mesmo nos dias de jogo. Em todos os casos, o
mínimo de 200 dias letivos e de 800 horas no ano estabelecido na Lei de
Diretrizes e Bases da Educacao Nacional (9.394/1996) devem ser
cumpridos.
A Lei Geral da Copa (12.663/2012) estabelece que os sistemas de ensino ajustem os calendários escolares de forma que as férias das redes pública e privada abranjam todo o período da Copa, de 12 de junho a 13 de julho do próximo ano. No entanto, um parecer do Conselho Nacional de Educação, deu autonomia às escolas e às redes de ensino para decidir o calendário.Nas 12 cidades-sede, os alunos serão liberados nos dias ou horários dos jogos do Brasil e os que acontecerem no local. Nas demais, isso acontece apenas nos jogos do país.
A Lei Geral da Copa (12.663/2012) estabelece que os sistemas de ensino ajustem os calendários escolares de forma que as férias das redes pública e privada abranjam todo o período da Copa, de 12 de junho a 13 de julho do próximo ano. No entanto, um parecer do Conselho Nacional de Educação, deu autonomia às escolas e às redes de ensino para decidir o calendário.Nas 12 cidades-sede, os alunos serão liberados nos dias ou horários dos jogos do Brasil e os que acontecerem no local. Nas demais, isso acontece apenas nos jogos do país.
Entre
as escolas públicas, a decisão ficou a cargo das secretarias de educação
dos estados e das prefeituras. "Todas as secretarias de educação
discutiram democraticamente o calendário escolar, com o objetivo de
garantir que esse grande evento mundial não impactasse negativamente no
processo de ensino e de aprendizagem", explica a presidente do Conselho
Nacional de Secretários de Educação (Consed) e secretária do Mato Grosso
do Sul (MS), Maria Nilene Badeca da Costa.Ela
explica que nas escolas estaduais do MS, as férias do meio do ano vão
abranger parte do período da Copa, de 8 a 22 de julho. Não haverá aula
nos dias do jogo do Brasil e esses dias letivos serão repostos aos
sábados antes do início da Copa.
Em
outros casos, como no Distrito Federal, as aulas começarão mais cedo,
na terça-feira (5). As escolas públicas estarão em recesso durante todo o
período da Copa. Pernambuco começa as aulas junto com o DF, mas as
férias vão de 11 de junho a 2 de julho. No Mato Grosso, as aulas começam
no dia 17 de março, o recesso vai de 27 de junho a 11 de julho e haverá
reposição de aulas aos sábados.
Os calendários podem ser consultados
nas páginas das secretarias de educação. Nas
escolas públicas municipais, os calendários também são variados. "Nos
municípios temos outra realidade, temos o ensino fundamental, as
creches.
São os pais que levam as crianças", explica o membro da
diretoria da da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação
(Undime) e Secretário de Educação de Florianópolis, Rodolfo Joaquim
Pinto da Luz. Não há um levantamento oficial dos mais de 5 mil
municípios brasileiros, mas ele acredita que a maioria das cidades tenha
optado por um calendário normal e que as grandes alterações tenham sido
feitas nas cidades-sede.
Com
os calendários já ajustados, a preocupação dos pais é como as escolas
vão administrar os conteúdos. "Vamos ter prejuízos se as escolas não
souberem controlar a questão de novos conteúdos e de provas", diz o
presidente da a Associação de Pais de Alunos das Instituições de Ensino
(Aspa-DF), Luis Claudio Megiorin. "A cabeça das crianças e dos
adolescentes vai estar 100% voltada para os jogos e não interessa se são
ou não do Brasil. As escolas que optaram por dar aulas, devem levar
isso em consideração".
A
presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep),
professora Amábile Pacios, diz que o papel dos pais é fundamental para
incentivar os estudantes e até mesmo para impedir que eles faltem aula.
"O aluno só vai faltar aula se o responsável autorizar. A escola vai
estar aberta e trabalhando". Ela acrescenta: "A escola não vai fazer um
calendário para prejudicar os alunos. Temos um evento, temos que assumir
isso e fazer de forma que se tenha o menor prejuízo possível".
Além
de ministrar ou não aulas e os conteúdos anuais, na visão do professor
de pós-graduação da Universidade Católica de Brasília e da Faculdade de
Educação da Universidade de Brasília (UnB), Célio da Cunha, a Copa é um
momento de aprendizagem. "Com a presença de milhões de pessoas vindas de
vários continentes e várias culturas, é um extraordinário momento de
aprendizagem intercultural”, diz. "A escola poderia aproveitar esse
momento e trabalhar didaticamente esse evento, tanto em termos
esportivos quanto das manifestações nas ruas. O que queremos para o
nosso país? É uma oportunidade inédita de levar essa reflexão para a
sala de aula".
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