por Murilo Rodrigues Alves / Agência Estado
Depois
do desgaste político, foi a vez de o governo decretar oficialmente
nesta quarta-feira (18) o "funeral" da Kombi. O Conselho Nacional de
Trânsito (Contran) recusou o pedido da Volkswagen e do Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC para que a indústria continuasse a fabricar por mais
dois anos o modelo sem incluir airbag e freio ABS. A decisão unânime do
conselho sepultou, na prática, a sobrevida da Kombi até o fim de 2015. O
fim da fabricação não significa o término das vendas, uma vez que há
estoques. Todos os carros fabricados no país a partir de 1º de janeiro
vão ter de sair das montadoras com os dois itens de segurança. A
exigência foi a deixa para que a indústria automobilística retirasse de
linha modelos que são incapazes de incluir esses equipamentos, como Gol
G4 e Uno Mille, além da Kombi. A própria Volkswagen comercializou duas
séries especiais "last edition" da Kombi. Ontem, porém, o diretor de
relações governamentais da montadora, Antonio Carlos Megale, usou a
perda de aproximadamente 1 mil empregos na linha de montagem do ABC para
pedir uma exceção à regra. O órgão não concordou com o pedido porque,
segundo o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, o governo não pode
prescindir de exigir esses itens de segurança em todos os modelos. O
ministro disse que a Kombi deixou de ser fabricada há mais de 30 anos,
na Alemanha, e há 20 anos, no México, por exemplo, por não conseguir ser
adaptada para receber os equipamentos de segurança.
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