por Fábio Fabrini, Andreza Matais e Fausto Macedo | Agência Estado
Foto: Reprodução
A
Polícia Federal pediu a prisão temporária de um assessor do ministro da
Previdência, Garibaldi Alves (PMDB-RN), por envolvimento com a
quadrilha denunciada na Operação Miqueias, suspeita de pagar propina a
prefeitos para captar investimentos de fundos de pensão municipais.
Gustavo Alberto Soares Filho, auditor da Receita Federal que trabalha
como assessor da Diretoria do Departamento dos Serviços de Previdência
no Serviço Público, mantinha contatos com a organização investigada e
frequentava uma das empresas apontadas no esquema – a Invista
Investimentos Inteligentes. Para a PF, há "indícios suficientes" de que
Gustavo praticou os crimes de formação de quadrilha e de atuar ou
exercer atividade, sem autorização, no mercado de valores mobiliários.
Segundo grampos e documentos obtidos na operação, o assessor mantinha
negócios com o grupo investigado e participava de palestras realizadas
para cooptar prefeitos. Ele aparece também em anotações do doleiro Fayed
Traboulsi, preso sob a acusação de chefiar o esquema investigado. "Fica
evidente o vinculo de Gustavo com a organização criminosa que atuava
sob o manto da Invista. Ele próprio confirma que já trabalhou lá",
assegura a PF. O Ministério da Previdência informou que aguarda
comunicação oficial da polícia para tomar providência a respeito.
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