Manter uma higiene bucal regular, com
escovação e fio dental, é a medida número 1 para quem quer combater um
dos piores inimigos dos relacionamentos: o mau hálito. Entretanto,
manter uma boca fresca e livre de odores ruins vai muito além da pasta
de dentes e do enxaguante bucal.
O que é ingerido nas refeições, por
exemplo, tem efeito direto sobre o hálito. Isso
por que ele é composto pelo ar expirado após a inspiração que provoca
as trocas gasosas fisiológicas, associado às substâncias eliminadas por
via pulmonar.
Estas substâncias partem do intestino para o fígado, para a
bile, para o sangue e finalmente para os pulmões, quando são eliminados
pela expiração. A halitose não é
uma doença, mas uma alteração do hálito que pode ou não estar
relacionada a um problema de saúde. O mau hálito é um sinal de que
alguma disfunção orgânica (que requer tratamento) ou fisiológica (que
requer apenas orientação) pode estar em andamento no organismo.
Aquele
bafo matinal, que a maioria das pessoas tem ao acordar, é uma alteração
da condição fisiológica do organismo: portanto, é normal e não
evidencia uma doença. “A halitose
geralmente está associada, além de má higiene bucal, cáries ou
gengivite, a fatores como menor produção de saliva, pedaços de alimentos
retidos entre os dentes, ressecamento da boca (provocado por jejum
prolongado, desidratação, exposição ao ar condicionado, estresse, uso de
medicamentos, respirar pela boca e falar por muito tempo), consumo
excessivo de álcool, doenças digestivas (erupção gástrica, dispepsia,
neoplasias e úlcera duodenal), entre outros fatores”, explica a
nutricionista Tatiana Pizzato Galdino, especialista em Nutrição Clínica e
mestre em Gerontologia Biomédica.
Saiba quais bebidas e alimentos podem ajudar a combater o mau hálito:
Água
Beber
bastante água pura ao longo do dia (em média dois litros) mantém a boca
umedecida, removendo resíduos alimentares e evitando a formação de
placa bacteriana na língua, o que pode resultar em mau hálito.
Chiclete
Não
é apenas pelo gostinho refrescante que o chiclete ajuda a combater a
halitose. Mascar goma de vez em quando, desde que seja sempre sem
açúcar, também ajuda a aumentar a salivação e manter a boca hidratada.
Iogurte natural
Semidesnatado
ou desnatado e sem açúcar, ele tem baixo teor de carboidratos com baixo
índice glicêmico, o que previne a proliferação bacteriana – combatendo
assim a formação de cáries. Além disso, minimiza a produção do gás
sulfídrico, formado em processos fisiológicos do corpo, e que favorece o
mau hálito.
Chá verde
Consumido sem
açúcar ou adoçante, o chá verde e seu sabor amarguinho auxiliam na
produção salivar, impedindo a formação da placa bacteriana na língua.
Entretanto, atenção para o consumo: o chá verde deve ser adicionado ao
dia a dia, mas não deve substituir a água: por ser rico em cafeína, ele
pode ter efeito oposto e favorecer a desidratação.
Chá de boldo e de alecrim
A
ingestão de infusões de boldo e de alecrim (também sem açúcar),
principalmente após refeições gordurosas, além de hidratar, facilita a
digestão, prevenindo a incorreta liberação de gases produzida no
intestino pelas vias respiratórias.
Maçã e cenoura
Consumidos
crus, são alimentos ricos em fibras, que estimulam a salivação e
auxiliam na limpeza dos dentes e da língua, impedindo a formação da
placa bacteriana na língua.
Frutas cítricas
Algumas,
como limão, abacaxi, kiwi, morango e maracujá são excelentes para a
manutenção de um hálito saudável. Além de terem ação adstringente e
bactericida, estimulam a salivação, inibindo a proliferação de bactérias
na boca, e estimulam o funcionamento do sistema digestivo. O melhor é
consumi-las sem açúcar, mesmo na forma de suco.
Canela, gengibre e hortelã
São
três exemplos de alimentos com ação antioxidante, adstringente e
termogênica. Assim, estimulam o sistema digestivo, auxiliando a
digestão, além de adoçar e deixar o hálito mais fresco.
Cereais integrais
A
manutenção da glicemia e da insulina é mais estável com o consumo de
alimentos ricos em fibras e em carboidratos complexos, como pães,
macarrão e arroz integrais, o que evita o mau hálito provocado pela
hipoglicemia (ela surge em decorrência do jejum prolongado), além das
fibras favorecerem uma flora intestinal saudável e estimular o trânsito
do intestino. (Ig)
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