Seis dirigentes de ONG são presos por contratos irregulares na Bahia.

O presidente, três diretores e o contador da Organização Não Governamental Pierre Bourdieu, além de um empresário, foram presos nesta sexta-feira (2), em cumprimento de mandados de prisões temporárias durante a operação "Prometheus", deflagrada pelo pelo Ministério Público da Bahia e pela Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap).
A instituição é suspeita de ter firmado convênios irregulares com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, Esporte e Lazer (Secult) e com a Universaidade do Estado da Bahia (Uneb), cujos valores desviados podem chegar aos R$ 100 milhões, segundo a polícia.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a operação buscou comprovar autoria de fatos relacionados a crimes como falsidade ideológica, fraude a licitações, desvio de dinheiro público, que teria sido praticado pela administração pública, segundo as investigações.
A operação teve início em novembro de 2012, quando um ex-integrante da Pierre Bourdieu denunciou a falsicação de seu nome em documento referente às eleições da instituição. “A partir daí começamos a investigar outras ações da ONG, até que foram encontrados indícios de superfaturamento e desvio de recursos públicos”, explicou a delegada, em nota enviada pela polícia.
Na sede da ONG, situada no Largo dos Aflitos, foram apreendidos computadores, equipamentos eletrônicos, documentos fiscais e de créditos da Fundação Pierre Boirdieu e de empresas envolvidas com a instituição.
As prisões foram realizadas na Avenida Paralela e nos bairros de São Marcos, Cabula, Caminho das Árvores, Imbuí e Itaigara. O empresário é suspeito de fornecer notas fiscais nos contratos. Ao todo, foram expedidos sete mandados de prisão e 19 de busca e apreensão.
A Secretaria Municipal de Educação disse que não vai se pronunciar sobre o assunto no momento porque ainda não foi notificada oficialmente. A Uneb ficou de enviar uma resposta, mas até agora não entrou em contato.

Do G1

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