No total, os dois parentes pedem cerca de R$ 15 mil, quantia que inclui também os lucros prometidos pela Telexfree para conquistar adesões. O valor é relativamente pequeno em comparação a outros processos, como o de um advogado de Mato Grosso que pede R$ 101 mil.
"Acredito
que são parentes distantes, senão tinham investido um valor muito maior
e estariam no topo da pirâmide", afirma o advogado Alexey Campgnaro
Lucena, que representa os dois e pediu sigilo de seus nomes. Os
dois processos estão na Justiça do Espírito Santo, onde Wanzeler
decidiu abrir em 2010 a sucursal brasileira da Telexfree Inc, fundada
por ele nos Estados Unidos em 2002.
O empresário vive por lá até hoje, o
que dificultou a tomada do seu depoimento no inquérito criminal que
segue paralelo à ação civil movida contra a empresa pelo Ministério
Público do Acre (MP-AC).
A
Telexfree brasileira é acusada pelo MP-AC de ser uma pirâmide
financeira disfarçada de uma empresa de telefonia VoIP por meio de
marketing multinível, pois dependeria das taxas de adesão pagas pelos
revendedores e não dos pacotes de minutos para se sustentar. No Brasil, a
rede de divulgadores – como são chamados esse revendedores – tem cerca
de 1 milhão de pessoas, segundo Wanzeler.
A empresa nega
irregularidaddes. As
investigações contra a Telexfree ganharam corpo no início do ano e, em
março, a Secretaria de Acompanhamento Econômico (SAE) do Ministério da
Fazenda divulgou uma nota em que classifica o negócio como "não
sustentável".
A
tia e o primo investiram na empresa em abril e em maio. "As
pessoas ficam seduzidas pelos ganhos daqueles que estão lá há mais
tempo. Eles [ os parentes de Wanzeler] não levaram em consideração [ as
acusações contra a empresa ], ou não sabiam mesmo", justifica
Lucena. Wilson Furtado Roberto, advogado da Telexfree, diz que o tio e a
prima são parentes distantes de Wanzeler. "Ele
não mantém contato com a tia há mais de 26 anos, ou seja, quando foi
residir nos Estados Unidos", afirmou o advogado. "Convém ser dito que
ele nem sequer conhece o filho da sua tia. (iG)
Comentários
Postar um comentário