A pirâmide financeira continua a atrair interessados
em dinheiro fácil, mediante o mínimo esforço e em muito pouco tempo.
Com o mesmo poder de sedução do velho golpe do bilhete premiado,
atividades deste tipo guardam peculiaridades. Sua duração é limitada, o
produto oferecido tem pouca relevância ou é oferecido fora de valor de
mercado, a propaganda é feita por meio de grandes reuniões e
treinamentos servem para impressionar potenciais interessados.
“Quem
deve ganhar são os primeiros e talvez uma meia dúzia vai tirar dos
incautos”, diz José Vieira Dutra Sobrinho, professor de matemática
financeira e vice-presidente da Ordem dos Economistas do Brasil.
Mas
qual é a razão de a pirâmide não dar certo? “Esquema de pirâmide é
sempre uma fraude e nunca dá certo”, afirma Dutra. “A tendência natural,
à medida que a pirâmide caminha [sempre em projeção geométrica, por
exemplo: 1, 2, 4, 8. 16], é que um número muito maior de pessoas vai
perder alguma coisa porque a corrente sempre se rompe”, explica.
Na
opinião do professor, a falta de novos integrantes para sustentar os
ganhos do topo é mais danosa que a inadimplência dos atuais
participantes. “Tem algumas pirâmides que crescem e ficam quase do
tamanho da população de uma cidade. É só crescer mais um pouco e vai ser
devastador”, exemplifica.
A prática de pirâmide é enquadrada como um crime contra a economia popular tipificado no inciso IX, art. 2º, da Lei 1.521/51: "obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos ("bola de neve", "cadeias", "pichardismo" e quaisquer outros equivalentes)". (Tribuna da Bahia)
A prática de pirâmide é enquadrada como um crime contra a economia popular tipificado no inciso IX, art. 2º, da Lei 1.521/51: "obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos ("bola de neve", "cadeias", "pichardismo" e quaisquer outros equivalentes)". (Tribuna da Bahia)
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