Prefeitura de Ipiaú vai comprar 322 aparelhos de ar condicionado. O que você acha?


Com a divulgação do empenho de mais de quatro milhões de reais  em dinheiro público para aquisição de eletrodomésticos e movelário a fim de equipar os prédios do poder público municipal ipiauense, uma coisa surge logo na cabeça de qualquer pensante: onde deverão ser instalados tantos aparelhos de ar condicionado?  
Se consideramos o próprio prédio da prefeitura, as escolas municipais, postos de saúde e as casas alugadas para secretarias e órgãos públicos, ainda assim parece um número desproporcional com a realidade de um município que nem sequer chega a ser de médio porte. 
Essa quantidade de aparelhos só poderia ser cabível se cada sala de aula do município viesse a ser climatizada, bem como todos os postos de saúde e demais salas onde o governo presta serviço à população. Ou seja: a partir de agora vai ter quem fique atento à falta de ar condicionado em qualquer um desses lugares. Outra: 90 desses aparelhos encomendados são de capacidade entre vinte e trinta mil BTUS, indicados para resfriarem salões para grandes reuniões e eventos.  Quantos deste tipo a prefeitura detém na cidade?
A mesma coisa vale para a quantidade de fogões domésticos e fornos industriais que a nossa prefeitura anuncia que estará adquirindo: Cento e setenta e sete.  Pressupõe dizer que cento e setenta e sete cantinas do município receberão esses equipamentos. É preciso contar para ver se Ipiaú tem pelo menos a metade deste número de cozinhas públicas tocadas pelo município.  O mesmo valendo para a quantidade de geladeiras, freezers e frigobars adquiridos: Duzentos e setenta e cinco.
O agravante é que comerciantes de Ipiaú tem feito um queixume constante de que há anos não estão conseguindo participar deste tipo de licitação pública, geralmente vencida por empresas de outras cidades e regiões.
Fica aqui um mero exercício de raciocínio e nenhuma acusação de ilicitude, nem mesmo implícita. Fica por conta do Tribunal de Contas dos Municípios dizer se houve ou não e aos vereadores concordarem ou não com a indicação de especialistas na matéria.  
Quanto a nós cidadãos, a única pergunta que fica é essa mesmo: O que você acha?

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