Com
a divulgação do empenho de mais de quatro milhões de reais em dinheiro
público para aquisição de eletrodomésticos e movelário a fim de equipar
os prédios do poder público municipal ipiauense, uma coisa surge logo
na cabeça de qualquer pensante: onde deverão ser instalados tantos
aparelhos de ar condicionado?
Se
consideramos o próprio prédio da prefeitura, as escolas municipais,
postos de saúde e as casas alugadas para secretarias e órgãos públicos,
ainda assim parece um número desproporcional com a realidade de um
município que nem sequer chega a ser de médio porte.
Essa
quantidade de aparelhos só poderia ser cabível se cada sala de aula do
município viesse a ser climatizada, bem como todos os postos de saúde e
demais salas onde o governo presta serviço à população. Ou seja: a
partir de agora vai ter quem fique atento à falta de ar condicionado em
qualquer um desses lugares. Outra: 90 desses aparelhos encomendados são
de capacidade entre vinte e trinta mil BTUS, indicados para resfriarem
salões para grandes reuniões e eventos. Quantos deste tipo a prefeitura
detém na cidade?
A
mesma coisa vale para a quantidade de fogões domésticos e fornos
industriais que a nossa prefeitura anuncia que estará adquirindo: Cento e
setenta e sete. Pressupõe dizer que cento e setenta e sete cantinas do
município receberão esses equipamentos. É preciso contar para ver se
Ipiaú tem pelo menos a metade deste número de cozinhas públicas tocadas
pelo município. O mesmo valendo para a quantidade de geladeiras,
freezers e frigobars adquiridos: Duzentos e setenta e cinco.
O
agravante é que comerciantes de Ipiaú tem feito um queixume constante
de que há anos não estão conseguindo participar deste tipo de licitação
pública, geralmente vencida por empresas de outras cidades e regiões.
Fica
aqui um mero exercício de raciocínio e nenhuma acusação de ilicitude,
nem mesmo implícita. Fica por conta do Tribunal de Contas dos Municípios
dizer se houve ou não e aos vereadores concordarem ou não com a
indicação de especialistas na matéria.
Quanto a nós cidadãos, a única pergunta que fica é essa mesmo: O que você acha?
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