“Campanha de ódio” é a acusação formal da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) em um processo contra os deputados pastor
Marco Feliciano (PSC-SP) e Jair Bolsonaro (PP-RJ). O
pedido de representação enviado ao presidente da Câmara, Henrique
Eduardo Alves, pede que a Corregedoria da Câmara dos Deputados inicie o
processo de julgamento de ambos por quebra de decoro parlamentar. Isso
pode resultar na cassação de seus mandatos.
O
processo encabeçado pela OAB inclui um grupo de mais de vinte entidades
ligadas aos direitos humanos. O material apresentado como provas são
vídeos considerados difamatórios com mensagens e discursos dos
parlamentares. Um desses vídeos,
criado pelo gabinete de Bolsonaro, edita o discurso de um professor do
Distrito Federal durante audiências na Câmara e o acusa pedofilia.
Também usa imagens de alguns deputados a favor da causa homossexual,
afirmando que eles são “contra a família”. Para
Qadih Damous, presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos
da OAB, a acusação de campanha de ódio é séria e representa o
rebaixamento da política brasileira. “Pensar que tais absurdos partem de
representantes do Estado, das Estruturas do Congresso Nacional, é algo
inimaginável e não podemos ficar omissos.
Direitos Humanos não se loteia
e não se barganha”, afirmou. Durante
uma reunião na sede da OAB, Damous prometeu que “a Comissão Nacional de
Direitos Humanos (CNDH) da OAB será protagonista no enfrentamento a
esse tipo de atentado à dignidade humana”. A
CNDH recebeu o pedido dos deputados acusados na campanha difamatória,
além de funcionários da secretaria Nacional de Direitos Humanos da
Presidência da República, do Conselho Federal de Psicologia, além de
ativistas dos movimentos indígena, de mulheres, LGBT, e de entidades que
defendem negros e líderes da religião afro-brasileira.
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