Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) determinou que Suzane von Richthofen
devolva a quantia de R$ 44,9 mil aos cofres públicos. O valor, já
corrigido, se refere a pensões recebidas entre 2002 e 2004 pela morte
dos pais. O governo quer de volta o dinheiro
uma vez que ela foi condenada em 2006 pelo assassinato de ambos. A
decisão, divulgada nesta terça (30) pelo INSS, ocorreu em caráter
administrativo na Gerência Executiva de São Paulo. Ainda cabe recurso à
decisão.
Caso Suzane não
devolva os valores, a Procuradoria Federal do INSS deve entrar com ação
na Justiça. Suzane está presa desde novembro de 2002 pela morte dos
pais Marísia e Manfred von Richthofen, no dia 31 de outubro daquele ano.
Quatro anos depois do crime e quando já estava presa, Suzane foi
condenada a 39 anos.
Segundo dados
do INSS, ela recebeu entre 31 de outubro de 2002 e 3 de novembro de 2004
o valor corrigido de R$ 17.640,32 pela morte da mãe. No mesmo período,
recebeu R$ 27.334,44 (em valores atualizados) pela morte do pai. O
benefício só foi encerrado porque ela completou 21 anos, como prevê a
lei. Conforme a assessoria da Previdência, o ministro Garibaldi Alves
determinou que o INSS pedisse os valores de volta por considerar uma
"injustiça" que uma pessoa condenada pela morte dos pais recebesse
pensão.
O INSS já pede
na Justiça devolução de valores relativos a acidentes de trânsito, por
exemplo, caso de confirme que o condutor estava embriagado. Além disso, o
Ministério da Previdência enviou proposta de projeto de lei para
proibir pessoas condenadas pelo assassinato dos segurados de ser
beneficiários de pensões. A proposta está em andamento na Comissão de Seguridade Social da Câmara.
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