A Fifa
(Federação Internacional de Futebol) manteve o pagamento de
aposentadorias para Ricardo Teixeira e João Havelange apesar do
relatório do seu Comitê de Ética ter confirmado que ambos receberam
propinas da ISL enquanto eram dirigentes da entidade. A pensão é um
direito de ex-cartolas que estiveram pelo menos oito anos na cúpula da
entidade. "Nós
podemos confirmar que por enquanto eles estão recebendo a pensão da
Fifa de acordo com as regulações em vigor", informou a entidade ao UOL
Esporte.
Na semana
passada, relatório do Comitê de Ética confirmou que Havelange e Teixeira
"não deveriam aceitar suborno" e "deveriam devolver [o dinheiro]
já que o dinheiro estava em conexão com a exploração de direitos de
mídia." Documentos da Justiça suíça mostraram que os dois receberam R$
45 milhões em propinas e devolveram pouco mais de R$ 5 milhões.
O presidente da
Fifa, Joseph Blatter, que prega a moralização da entidade, nunca
iniciou processo para que o dinheiro desviado pelos ex-dirigentes fosse
devolvido. Ele também decidiu, como ficou claro por essa nova
informação, que eles terão os mesmo direitos de outros cartolas
aposentados da entidade.
Pelo
regulamento, o pagamento da pensão deve ser feito a partir do ano
seguinte ao qual o dirigente deixar a entidade. "A pensão é paga por um
máximo do número de anos em que o membro serviu no Comitê", descreveu o
texto do relatório financeiro da Fifa. O programa foi criado em 2005 e
há US$ 14 milhões disponíveis para remunerar os ex-cartolas. A entidade
não informa o valor a que eles têm direito.
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