A partir das
13h desta segunda-feira (6), sete jurados vão começar a decidir o
destino dos quatro seguranças acusados da morte do empresário Paulo
César Farias e de sua namorada, Suzana Marcolino. Apesar de a denúncia
não dar nomes de autores material e intelectual do crime, o julgamento
trará à tona o debate de um dos mais misteriosos casos policiais da
história brasileira. Duas
perícias oficiais se contrapõem e apontam caminhos completamente
distintos para as mortes, ocorridas na madrugada de 23 de junho de 1996,
na casa de veraneio do ex-tesoureiro de Fernando Collor de Mello, em
Guaxuma, litoral norte de Maceió.
No banco dos
réus estarão os policiais militares Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo
Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da
Silva, que vão a julgamento na 8ª Vara Criminal de Maceió.
Com 27
testemunhas convocadas a depor, o julgamento deve durar toda a semana e
confrontar teses: a de crime passional e a de duplo assassinato --que
remeteria, inevitavelmente a uma queima de arquivo.
A segunda tese ganha
força quando levado em conta que PC iria depor na CPI das Empreiteiras,
quatro dias após sua morte, e sua fala era aguardada com grande
expectativa. O primeiro dos laudos, feito por uma equipe de 11 peritos,
apontou para crime passional, com homicídio seguido de suicídio.
A tese foi
corroborada pela primeira equipe policial de investigação e é a tese que
será defendida pela defesa dos acusados, que alega inocência dos quatro
militares. Já a acusação se baseia em uma segunda perícia, que apontou
para duplo homicídio, com a participação dos policiais militares.Folha de São Paulo
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