Depois de ser
proibida de fazer novas adoções, uma mãe, no Reino Unido, forçou a filha
adotiva de 14 anos a engravidar, usando esperma comprado na Internet. A
jovem, ainda virgem, deu à luz após dois anos de inseminações
regulares. A menina tinha medo de dizer não à mãe “dominadora”.
As informações são da agência de notícias Associated Press.
Detalhes do caso chocante vieram a público depois que uma permissão foi
concedida pela justiça inglesa para relatar a sentença judicial
anteriormente secreta.
A mãe adotiva,
que não pode ser identificada para preservar os familiares, está
cumprindo uma sentença de cinco anos de prisão depois de admitir o
crime.
Em seu julgamento, o juiz da família Peter Jackson descreveu: "há um
permanente sentimento de descrença em que um familiar possa se comportar
de maneira tão ruim e egoísta em relação a uma criança vulnerável.
"
Em sua decisão, o juiz citou a adolescente dizendo que ela ficou chocada
com ordem da mãe adotiva, mas pensou: "Se eu fizer isso, talvez ela vai
me amar mais". A mãe, que era estéril, havia adotado três bebês no
exterior. Mas, quando foi proibida de adotar um quarto bebê, ela
voltou-se para sua filha adolescente.
A sentença
explica que "o programa de inseminação artificial foi planejado quando a
filha tinha 13 anos, começou quando ela tinha 14 anos e terminou quando
ela ficou grávida de seu filho, aos 16 anos".
As seringas de
esperma fora compradas através da Internet a partir de uma empresa
baseada na Dinamarca chamada Cryos International.
De acordo com a sentença judicial, a mãe submeteu a menina a um
"degradante, humilhante e, por vezes, doloroso" calvário. Ao longo de
dois anos, a filha teve de se inseminar sete vezes "sozinha em seu
quarto, usando seringas de sêmen e duchas preparadas pela mãe".
Acredita-se que ela abortou aos 14 anos.
Mas, foi somente após o nascimento
do neto, que o esquema da avó começou a ruir.
Parteiras estavam alarmadas com a jovem mãe "agressiva e insensível",
que não queria que a recém-nascida mamasse: "nós não queremos que nada
nos envolva", dizia.
Quando a adolescente tentou retirar o bebê da enfermaria, funcionários do Serviço de Proteção à Criança foram chamados.
Em quatro
ocasiões anteriores, os agentes foram alertados sobre preocupações com o
bem-estar de mãe e filha, mas não encontraram motivos imediatos de
preocupação. Depois de descoberta a verdade, as crianças foram levadas
para um orfanato.
Em um comunicado,
a Associação de Proteção a Criança local afirmou: "Nada pode mudar o
que aconteceu com as vítimas, neste caso, verdadeiramente terrível. É
claro que os organismos públicos devem destacar as principais questões
políticas que possam surgir a partir deste caso”.
Detalhes do caso
foram ouvidas durante o processo na divisão familiar no Supremo Tribunal
local sobre o futuro das crianças, no ano passado.extra
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