Menina de 11 anos sofreu abuso pelo menos 79 vezes, diz delegado

Delegado concedeu entrevista coletiva nesta terça (19)
O delegado de Itaquaquecetuba Ricardo Mamede disse nesta terça-feira (19), durante entrevista coletiva, que o vigilante Franklin Folha Soares, de 31 anos, preso suspeito de pedofilia, violentou a irmã mais nova da namorada pelo menos 79 vezes. Ele foi preso na segunda-feira (11) após a polícia receber um pen drive contendo fotos de abusos.

A namorada do vigilante, Patricia dos Santos Silva, de 23 anos, foi detida na sexta (15). Segundo a polícia, ela é suspeita de aliciar crianças para o companheiro estuprar, inclusive as próprias irmãs: a de 11 anos, outra de 17 e uma de 20, que é deficiente intelectual. De acordo com a polícia, os abusos com a ajuda da namorada ocorrem há cerca de 3 anos. No entanto, segundo a investigação, o vigilante é suspeito de cometer este tipo de crime há mais tempo: 7 anos.
"Só da vítima de onze anos nós encontramos setenta e nove gravações nos pen drives. Em algumas imagens ela estava quase desmaiada e implorava para o suspeito parar. Pelo o que a menina disse em depoimento, os abusos começaram quando ela tinha 9 anos", disse o delegado.
Até agora a Polícia Civil já identificou 19 vítimas, sendo que oito já prestaram depoimento. Os pen drives apreendidos pelos policiais contém 470 vídeos e 540 fotos de relações sexuais com crianças entre 8 e 10 anos e com adolescentes de 16 a 17 anos. "Nunca vi nada igual, nem aqui na região, nem em qualquer outro lugar. O crime choca pela quantidade de vítimas e de gravações que mostram  menores em cenas de sexo explícito. Ele é, sem dúvida, um monstro que roubou o futuro de várias crianças e de famílias inteiras", afirma o delegado.
Filha do casal
De acordo com a polícia, Patricia e Franklin moram juntos há quatros anos e têm duas filhas, de 4 anos e 1 ano. As meninas estão sob a guarda do conselho tutelar do município. Segundo a polícia, uma delas chegou a presenciar os abusos." A filha mais velha do casal, hoje com 4 anos, aparece no vídeo assistindo as cenas de violência sexual. A menor ainda não temos informações de ter passado por isso", afirma Mamede.
A polícia busca agora ouvir as outras 11 vítimas identificadas. Segundo o setor de investigação de Itaquaquecetuba, quatro delas teriam se mudado para fora do Estado de São Paulo. "Temos a informação que duas ou três famílias de vítimas se mudaram para o Rio de Janeiro e uma para a Bahia. Todas teriam ido embora por conta dos abusos", explica o delegado. Além de buscar novas vítimas, a polícia também procura por possíveis cumplíces do casal. G1

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