A Grã-Bretanha é um dos países com maior proporção de obesos no mundo. Cerca de um quarto dos britânicos estão acima do peso e a expectativa é de que esse número dobre até 2050.
Além
da taxação, a associação defende ainda o fim da publicidade de produtos
com alta concentração de gordura saturada, sal e açúcar até às 21h e a
redução de pontos de venda de fast food próximo às escolas. Um aviso
específico para crianças com a quantidade de calorias deve estar no
rótulo dos alimentos, segundo a associação.
A
associação também quer que o governo destine mais dinheiro ao serviço
público de saúde para cirurgias de redução de estômago. Porta-vozes da
indústria alimentícia reagiram o relatório dizendo ele pouco acrescenta
ao debate sobre a obesidade.
Discussão
O
diretor da academia, Terence Stephenson, disse que não há uma "bala de
prata" para atacar a obesidade e que é preciso mudar a cultura de
alimentação. Ele defende uma estratégia similar à do combate ao
cigarro. "Foi preciso o fim da publicidade
(do cigarro) e a redução do mercado, além de atividades esportivas para
ajudar as pessoas a largar o fumo", diz. Stephenson
também atacou a indústria alimentícia ao dizer que refrigerantes, por
exemplo, são apenas "água e açúcar".
Ele criticou ainda os hábitos
alimentares em muitos países, onde é habitual "beber um litro de
refrigerante no cinema". Para Stephenson, a taxação "encorajaria as
pessoas a tomar bebidas mais saudáveis". Para Terry Jones, da Federação de Comida e Bebida, o relatório é pouco relevante.
"Uma
coleção de ideias desequilibradas aparentemente sob forte influência de
grupos de pressão", disse, ao classificar o documento. A
Associação Britânica de Refrigerantes também se pronunciou contra,
dizendo que esse tipo de bebida contribui com "apenas 2%" do total de
calorias de uma dieta média.
Tentação
O cardiologista Aseem Malhotra disse que recebe mais e mais pacientes com doenças relacionadas à obesidade. "A
raiz do problema é o ambiente da alimentação. É como dizer às crianças
para ir à uma loja de doces e não comprar doces", disse, em referência à
alta oferta de produtos com grande teor calórico. "Há uma oferta
excessiva de comidas baratas com açúcar e uma regulação é claramente
necessária", afirmou o cardiologista.
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