Poucas brasileiras já foram resgatadas da escravidão sexual. É difícil
saber quantas passaram por isso e o que aconteceu com elas, também. Uma
brasileira que passou por tudo isso continua na Espanha
e agora trabalha para ajudar outras brasileiras que, assim como ela,
foram para o país enganadas. Para não ser identificada, ela é chamada de
Juanita pela nossa reportagem.
Juanita deu depoimento ao Fantástico
revelando como é ação das quadrilhas que aliciam mulheres e o que passou
no país enquanto foi vítima do tráfico.
Ela conta que as mulheres que acabam vítimas da exploração sexual vão
para a Espanha com a esperança de conseguir um emprego, mas acabam
endividadas, sem documentação e nas mãos dos criminosos.
Segundo a
testemunha, a mulher só é útil para as quadrilhas por um período de
cinco a seis meses, quando são substituídas por outras. “Você já não
interessa mais e jogam fora. Terminou de pagar a dívida, para eles não
interessa”, explica.Juanita agora trabalha com agente social utilizando a própria experiência que teve e o próprio exemplo para identificar e ajudar essas mulheres: “A gente diz que tem alternativa. As brasileiras nunca se veem como vítimas. Elas dizem que estão lá porque querem, como eles as obrigam a falar”, lembra.
E faz alerta para quem tem a ilusão de buscar trabalho na Espanha sem documentação legal: “Não tem trabalho. O destino das brasileiras que vêm pra Espanha sem documentação é a prostituição”. G1
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