Cirurgia é testada para curar diabetes em obesos 'leves'.

O Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa começará um estudo que vai avaliar dois tipos de cirurgia bariátrica na cura do diabetes tipo 2 em pacientes "pouco gordos", com obesidade grau 1. 
O objetivo é fazer uma comparação entre três modalidades de tratamento: uma técnica cirúrgica experimental ainda não aprovada, a cirurgia bariátrica considerada clássica (bypass gástrico) e o tratamento clínico (apenas com medicamentos). 
"Vamos dizer se a cirurgia experimental também funciona e se há vantagens entre uma e outra", afirma Claudia Cozer, endocrinologista e coordenadora do Núcleo de Obesidade e Transtornos Alimentares do Sírio-Libanês. A tal da técnica experimental (gastrectomia vertical com interposição ileal) já esteve envolvida em polêmica: é a operação à qual o apresentador Fausto Silva se submeteu, apesar de a cirurgia não ser aprovada no país.
Segundo Cozer, há estudos mostrando sua eficácia, mas faltam mais evidências para que a cirurgia seja aceita.

 "A gastrectomia vertical com transposição ileal precisa ser estudada para que a gente saiba definitivamente se ela é válida ou não", diz Ricardo Cohen, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. De acordo com Bruno Geloneze, endocrinologista e coordenador do Laboratório de Investigação em Metabolismo e Diabetes da Unicamp, trata-se do primeiro estudo com desenho correto e, portanto, cientificamente válido sobre o tema. (Folha)

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