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Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias da
Alimentação (Abia) assinaram, nesta terça-feira (28), um novo acordo
para reduzir a quantidade de sódio em temperos, caldos, cereais matinais
e margarinas vegetais até 2015. O acordo fará com que sejam retiradas
8.788 toneladas de sódio do mercado brasileiro até 2020, segundo
comunicado divulgado pelo Ministério da Saúde.
Este é o terceiro acordo entre as partes, que já tinham concordado em
reduzir o conteúdo de sódio em produtos como macarrões instantâneos,
pães de tipo bisnaga, de forma e francês, mistura para bolos,
salgadinhos de milho, batata frita e palha, biscoitos e maionese.
A redução de sódio no consumo dos brasileiros, prevista pelos três
acordos, chegará a 20 mil toneladas até 2020."Com este novo acordo
pretendemos oferecer um alimento mais saudável. O Brasil se antecipa às
ações que a Organização Mundial da Saúde (OMS) pretende recomendar em
relação ao sódio", afirmou Alexandre Padilha, ministro da saúde. A
OMS, de acordo com o comunicado, recomenda um consumo máximo de 5g de
sódio por dia. O consumo diário do brasileiro é calculado, hoje em
dia, em 12g por pessoa, segundo estudos oficiais.
Para o ministro, por adotar tal medida, o Brasil pode se transformar
em referência para outros países. "Esse modelo pode, inclusive, ser o
modelo recomendado pela OMS", declarou. "A indústria de alimentos
conhece sua responsabilidade em contribuir com o bem-estar da sociedade
e por isso investe recursos na melhoria do perfil nutricional dos
alimentos processados", disse o presidente da ABIA, Edmundo Klotz.
De acordo com o Ministério da Saúde, a redução do consumo de sódio
aos níveis recomendados pela OMS pode diminuir em 15% o número de
mortes no Brasil por acidentes vasculares cerebrais e em 10% as mortes
provocadas por infarto. A redução no consumo de sódio também pode
diminuir o número de pessoas com hipertensão, que afetou 22,7% dos
adultos em 2011, e elevar em até quatro anos a expectativa de vida do
brasileiro.
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