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Sindicato de professores federais aceita contraproposta do governo


O conselho deliberativo da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) aceitou no início da noite desta quarta-feira (25) a nova proposta de reestruturação das carreiras dos professores de universidades e institutos federais.
Na segunda (23) o Ministério do Planejamento cedeu à pressão dos professores universitários e de institutos de pesquisa e apresentou uma contraproposta de reajuste de 25% a 40%. Anteriormente o governo havia oferecido para a categoria, que está em greve há 66 dias, um aumento entre 12% e 40% ao longo dos próximos três anos.
O conselho recomendou aos sindicatos associados que façam consultas de abrangência nacional durante os dias 27 de julho e 1º de agosto, quando as entidades representativas de professores devem responder se concordam com a contraproposta. Uma vez aceita, a orientação é de que a greve seja encerrada.
“Mostramos ao governo a importância de uma carreira atrativa para novos docentes e valorizada tanto para os que estão na ativa, quanto aos aposentados”, disse Eduardo Rolim, presidente da Federação, em nota.
Entre os pontos solicitados pela entidade estava a garantia de que nenhum professor recebesse um reajuste inferior a 25%. Os Ministérios da Educação e do Planejamento retiraram os pontos que feriam a autonomia universitária, anteciparam para março o pagamento dos reajustes anuais, e retiram as barreiras para progressão no magistério superior e no ensino básico, técnico e tecnológico.  O conselho também se mostrou preocupado com envio do Projeto de Lei ao Congresso Nacional. Caso o envio não seja feito até de até 31 de agosto, não haverá reajuste em 2013 e todos os avanços da negociação iniciada em setembro do ano passado serão desconsiderados.
O Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes), ainda não se posicionou sobre o assunto. Após apresentada a proposta, Marinalva Oliveira, presidente do órgão, disse que não havia gostado da oferta. “Não resolve o problema de desestruturação da carreira”, declarou. Segundo ela, a categoria não aceita concessão de porcentuais diferenciados para docentes com título. Se a propostas for aceita, o impacto estimado no orçamento da união será de R$ 4,2 bilhões.

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