Sem avanços, TJ e MP retiram apoio na negociação entre Governo e professores

Tiago Nunes



O Tribunal de Justiça e o Ministério Público estaduais retiraram o apoio da negociação entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Bahia (APLB) e o governo da Bahia para o fim da greve dos professores da rede estadual, que dura há 98 dias.A informação foi divulgada nesta terça-feira (17) através de nota pública emitida pelos órgãos.

Conforme a nota, os órgãos estaduais asseguraram que nas três reuniões realizadas com as partes interessadas não houve obtenção de um consenso que resultasse no fim da greve.

Na última sexta-feira (13), os docentes rejeitaram a proposta do MP-BA após a realização de uma reunião geral da categoria na Assembleia Legislativa da Bahia e decidiram manter a greve.

No documento de acordo estava previsto a antecipação da segunda parte do reajuste de 7% dos professores para o mês de março de 2013, antes previsto pelo governo para ser pago a partir de abril do mesmo ano. Sendo assim, professores receberiam 7% de reajuste em novembro deste ano mais 7% em março de 2013. Essas porcentagens seriam somadas aos 6,5% já concedidos aos servidores.

Estava previsto também que o governo reveja os processos administrativos e disciplinares instaurados pelo governo contra professores contratados em Regime Especial de Direito Administrativo (REDA).

À época, conforme informações do coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (Aplb), Rui Oliveira, a paralisação das atividades continuou em razão da não contemplação dos itens como a readmissão dos 57 professores exonerados durante a greve e a devolução imediata dos salários cortados.

Contudo, segundo a assessoria de comunicação do governo da Bahia, não haveria mudança na proposta apresentada pelo governador Jaques Wagner em reunião realizada no último dia 12.

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