por David Mendes
Edson Neves assumiu o cargo há 5 meses |Foto: Bahia Notícias
O
prefeito de Ubatã, Edson das Neves (PSD), negou nesta quinta-feira (17)
as acusações feitas pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e atribuiu
os atuais problemas enfrentados pela administração municipal ao
ex-gestor Agílson Muniz (PCdoB), cassado em novembro de 2011. O
município do sul baiano vive uma instabilidade política-administrativa
desde 2010, quando o comunista, eleito com a maioria dos votos, foi
afastado do cargo em maio do mesmo ano. O ex-prefeito foi acusado de
distribuir cestas básicas durante as eleições de 2008. Neves, segundo
colocado do pleito, assumiu a prefeitura, mas deixou o cargo em junho de
2011, após recondução de Muniz. Cinco meses depois, outro recurso
impetrado na Justiça recolocou Neves na cadeira de prefeito. Segundo o
atual administrador, as dívidas foram contraídas durante o mandato do
seu antecessor, mas, mesmo assim, a prefeitura já começou a quitá-las.
“O Ministério Público foi induzido ao equívoco. Quando o juiz deu a
liminar com a suspensão da micareta, não foi dada a oportunidade de
esclarecer. Se nós tivéssemos a oportunidade de nos defender, eu tenho
certeza de que existiria esse convencimento de ambas as partes, porque a
prefeitura não foi ouvida para poder se defender antes de ser acusada e
de ser dada a liminar”, afirmou. A ação civil pública movida pelo
promotor de Justiça Iury Lopes de Mel, que solicitava o cancelamento do
carnaval fora de época, foi acatada pelo juiz titular da Comarca, Carlos
Antônio Maldonado Bertacco. Nela, o promotor solicita o condicionamento
dos R$ 700 mil previstos para a realização da festa na quitação de
débitos com a Coelba e a Embasa, no pagamento de salários em atraso dos
servidores contratados, no enfrentamento dos problemas com a saúde
pública municipal, além do pagamento de débitos com o comércio local.
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