O reforço nas provisões contra perdas de
planos econômicos e, principalmente, para cobrir o avanço da
inadimplência nos financiamentos de veículos derrubaram o lucro do Banco
do Brasil (BB) no primeiro trimestre.
O ganho líquido do maior banco do país
ficou em R$ 2,5 bilhões, queda de 14,7% frente ao mesmo período de 2011.
Com isso, o BB ficou atrás de Itaú Unibanco (R$ 3,42 bilhões) e
Bradesco (R$ 2,7 bilhões).
Pesaram no resultado do banco um
acréscimo de R$ 363 milhões nas reservas para cobrir ações de planos
econômicos que correm na Justiça e de mais de R$ 600 milhões nas
despesas com calotes na carteira de veículos do banco Votorantim, do
qual o BB tem 50% do capital – a outra metade pertence à família Ermírio
de Moraes. Sem esses dois aportes extras, o resultado do banco teria
ultrapassado os R$ 3 bilhões, segundo o vice-presidente financeiro e de
Relações com Investidores do BB, Ivan Monteiro.
Com o resultado, as ações ordinárias
(ON, com direito a voto) do BB caíram 1,48%, a maior queda do setor.
Também recuaram Bradesco PN (0,6%) e Itaú Unibanco PN (0,14%). Além da
inadimplência em alta, os papéis do setor têm caído devido à ação do
governo para forçar a redução nos juros.
Os problemas de insolvência na carteira
de veículos levaram o Votorantim a um novo prejuízo, de R$ 579 milhões,
no trimestre passado, contra R$ 656 milhões no anterior. No fim de
março, a inadimplência média dessa carteira chegou a 7,3% dos
empréstimos – bem superior à taxa média das diferentes carteiras do BB,
de 2,2%.
(Rede Brasil de Notícias)
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