Ex prefeita Sandra Lemos, Robson Moreira e Solon Gonçalves discutiram o mistério do Parque da Cidade no Fala Ipiaú
O programa Fala Ipiaú novamente deu um
passo a frente no debate das grandes questões do cotidiano ipiauense,
expondo no mesmo espaço opiniões de três pessoas diretamente envolvidas
na questão do Parque da Cidade: Falando por telefone, direto de
Salvador a ex prefeita Sandra Lemos ( que não se pronunciava ao público
ipiauense a pelo menos três anos ); o presidente do Democratas de Ipiaú
Robson Moreira e o ex secretário municipal de infra estrutura, Solon
Gonçalves.
No contato com o programa, a ex prefeita
comentou a respeito da interrupção na construção de um projeto que
figurou durante muito tempo como o sonho de milhares de ipiauenses e
citou números.
” Vejo com muita tristeza o fato de não
terem dado continuidade ao projeto. Na minha época como prefeita
haviam os recursos e nós conseguimos realizar parte da obra. Gastamos
com a implantação do campo de futebol e vestiario R$ 322.500,00. O
outro campo que nao conseguimos concluir ficou orçado em R$ 127 mil.
Já o lago do parque custou R$ 1.023. 750. Qualquer pessoa pode pedir
cópia da licitação do meu governo e conferir o que estou dizendo” disse
ela.
Robson e Solon analisam planta da obra mais polêmica da história de Ipiaú
Sandra ainda reafirmou ter deixado
recurso em caixa para o governo Deraldino Alves da ordem de 4 milhões de
reais visando a construção de: uma avenida de mão dupla e canteiro
central com 16 metros de largura interligando a BR 330 à BA 120. A obra,
que quase quatro anos depois ainda não está pronta, está a cargo da
empresa TC Loc e resumida a uma rua de mão dupla, com oito metros de
largura e sem canteiro central.
“Se eu for convocada para falar a
respeito dessa obra vai haver transparencia total, como houve em nosso
governo. Naquele tempo o orçamento não se comparava com o dos dias
atuais. Todo mundo precisa de lazer e essa foi uma perda muito grande
para a familia ipiauense. Olha que o deputado Mário Negromonte na época
se comprometeu para que esse projeto tivesse continuidade. Vou aguardar
convocação para trazer todos os dados em uma audiencia pública”,
completou ela.
O ex secretário municipal de Infra
Estrutura Solon Gonçalves, por sua vez, informou que recursos para a
polêmica obra continuam chegando ao município. ” O dinheiro continua
sendo liberado para a obra. A última liberação aconteceu este mês, no
dia 09 de abril”, disse.
Solon falou do caso em que uma empresa
envolvida na obra não recebeu recurso pelo serviço prestado. ” Estou
pronto para responder sobre esse caso, inclusive no Ministério Público
porque é uma obrigação minha. 80% do recurso da obra foi liberado. Só
via judicial se resolve uma situação dessas. Não pode é ficar aquele
elefante branco ali. Os órgãos públicos precisam se manifestar. Quem
tiver culpa, que seja punido”, ressaltou.
O presidente municipal do DEM, Robson
Moreira, autor das denúncias que provocaram reviravolta na enfoque do
problema, questionou quanto a devolução de terrenos que haviam sido
desapropriados pelo governo Mendonça e foi enfático em exigir
explicações das autoridades: “ A lagoa que foi iniciada pela
administração passada está apresentando vazamento em várias casas, o
prefeito atual está cometendo várias irregularidades a exemplo do aterro
que ele começou a fazer e largou pela metade e a avenida que já tem
tres anos fazendo e até hoje nao foi inteiramente concluída. Precisamos
fazer uma força tarefa para saber quanto foi investido até hoje nessa
obra”, apontou ele.
Já o prefeito Deraldino declarou em
entrevista a uma emissora de rádio ter entregue todos os relatórios a
respeito do parque aos órgãos responsáveis do Governo Federal e alegou
não ter gasto um centavo do recurso auferido para a construção do espaço
de lazer.
Como todos nós, ele também afirmou querer saber com quem ficou o dinheiro do parque.
por Celso Rommel
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