Oposição diz que outro tema é que 'pegará fogo' amanhã durante votação
O Projeto de Lei (PL) que fixa os subsídios salariais do
governador Jaques Wagner (PT), do vice Otto Alencar (PSD) e dos
secretários da administração baiana será votado nesta terça-feira (12).
Na proposição, os incrementos serão fixados retroativamente a janeiro de
2012. O governador passa a receber R$ 18.299,72, enquanto o vice e os
colaboradores do primeiro escalão passam a ganhar R$ 14.920,03. Na
opinião das duas principais lideranças da Assembleia Legislativa da
Bahia (AL-BA), não tem nada anormal na aprovação da fixação dos
subsídios, mesmo após o anúncio do corte que poderá atingir a cifra de R$ 750 milhões no orçamento estadual deste ano.
“O governador recebe linearmente o mesmo reajuste dados aos servidores.
Esse reajuste é dado porque vários salários do Estado dependem do teto
do governador. Não tem nada demais. É até corriqueiro. Por isso, não há
nenhuma anomalia, nem nada fora da normalidade. É uma coisa extremamente
sensata e dentro de sua regra”, explicou o líder do governo na Casa, deputado Zé Neto (PT),
em entrevista ao Bahia Notícias. Já o chefe oposicionista, Paulo Azi
(DEM), disse que não há o que questionar. “É só reposição salarial. Se
fosse um aumento, tudo bem. Até porque, se ele não fizesse isso, alguns
servidores ficariam prejudicados. Então, não tem o que questionar”,
argumentou. O democrata revelou ainda que, nesta terça, o plenário
“pegará fogo”, mas por conta de outro tema. “Vamos aproveitar a votação
para discutir a perda de prestígio do governo baiano no cenário
nacional. É um absurdo que o Rio Grande do Sul tenha sete ministros e a
Bahia fique, praticamente, como um único cargo de relevância, que hoje é
ocupado por Geddel Vieira Lima [vice-presidente de Pessoa Jurídica da
Caixa]. Essa perda de prestígio trará um prejuízo enorme ao estado”,
provocou. Embora não tenha citado, há ainda dois baianos no ministério
da presidente Dilma Rousseff: Paulo Sérgio Passos (Transportes, PR) e
Luiza Bairros (Promoção da Igualdade, PT).
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