A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou, na
tarde desta quinta-feira (16), pela constitucionalidade da Lei da Ficha
Limpa, que determina a inelegibilidade por oito anos de políticos
condenados em segunda instância, cassados ou que tenham renunciado para
evitar a cassação. Virtualmente, a lei já foi aprovada e vale para as
eleições municipais deste ano, mas os ministros podem alterar seu voto
até o final da sessão, fato considerado muito raro. Joaquim Barbosa,
Ricardo Lewandowski, Rosa Weber e Ayres Britto julgaram a Ficha Limpa
“completamente constitucional”. Britto elogiou a lei, que nasceu da
assinatura de mais de 1,3 milhão de leitores. “A iniciativa popular
plenifica a democracia, o que confere à lei, se não a hierarquia maior,
um tônus de legitimidade ainda maior, ainda mais denso. Essa lei é fruto
do cansaço, da saturação do povo com os maus tratos infligidos à coisa
pública”, declarou. Os ministros Luis Fux e Cármen Lúcia completam a
conta dos favoráveis à lei, apesar de terem feito uma ressalva quanto ao
tempo de inelegibilidade no caso de condenação criminal. Ainda faltam
os votos de quatro ministros – Marco Aurélio, Celso de Mello, Gilmar
Mendes e Cezar Peluso. Dias Toffoli, por enquanto, é o único que votou
contra a constitucionalidade da lei. Informações do jornal Folha de São
Paulo.
Comentários
Postar um comentário