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Palácio do Planalto está preocupado com o envolvimento do ministro da
Fazenda, Guido Mantega, com as recentes acusações que resultaram na
demissão do presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci, informa
reportagem desta sexta-feira (3) do jornal Folha de S. Paulo. Uma ala do
PMDB quer explicações sobre por que Mantega não afastou Denucci do
comando da estatal depois de ser avisado pela Casa Civil e pelo PTB da
participação do servidor em um suposto esquema de corrupção. Em agosto
do ano passado, foram feitas denúncias de que o comandante da estatal
havia aberto "offshores" em paraísos fiscais que teriam movimentado U$
25 milhões. De acordo com relatório da empresa WIT, que tem sede em
Londres, o valor é oriundo de comissão paga por suas fornecedoras da
Casa da Moeda. Denucci reconheceu a existência das empresas, mas nega
ter feito operações nessas contas. Nesta quinta, o ministro instaurou
uma sindicância interna para investigar o caso. Em uma nota de quatro
linhas, Mantega não esclarece a razão pela qual demorou cinco meses para
demitir Denucci, embora informado anteriormente da suposta má conduta
do funcionário. “Em face de reportagens publicadas na imprensa nos
últimos dias relacionadas à Casa da Moeda, o Ministério da Fazenda
decidiu instaurar comissão de sindicância investigativa para apurar as
informações mencionadas”, afirma a nota do ministério.
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