Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira ficou estagnada entre julho e setembro deste ano, logo depois de crescer 0,7% no trimestre anterior. E especialistas acreditam que ela levará meses para voltar a crescer com vigor.
Para o economista Ivan Gargur, “a notícia é de preocupar, mas é importante lembrar que a crise é mundial desde 2008. E há países com crescimento zero em um período maior que três trimestres”, aponta Gargur.
A atividade se contraiu na indústria que perde fôlego há meses, e nos serviços, setor mais dinâmico da economia na primeira metade do ano. Somente a agropecuária continuou crescendo. O fraco desempenho foi resultado das decisões tomadas pelo governo no início do ano para conter a inflação, num momento em que a economia brasileira estava superaquecida e os preços pareciam fora de controle.
Mas o quadro tem grandes chances de mudar até o final do ano com o aquecimento das compras neste período festivo como explica o economista. “O governo tem facilitado as mudanças no recuo no consumo, houve o Feirão do Nome Limpo além da redução dos impostos sobre os produtos de linha branca (geladeira, fogão...), itens bastante procurados no final de ano além da grande movimentação do comércio em outros setores”.
Agora com a divulgação do Ibge, Bancos e consultorias revisam suas projeções e já prevêem que o país cresça em 3% ou menos. Com a movimentação nas compras de fim de ano como explicou o economista, a projeção aponta uma expansão de no máximo 0,5% no último trimestre do ano.
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