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Com compras de final de ano, comerciantes ipiauenses questionam mito do novo momento econômico de Ipiaú

por:ipiau online
É claro que não citaremos aqui nomes, mas temos tido contato com comerciantes da cidade que tem questionado fortemente a respeito do novo momento econômico da cidade de Ipiaú, que tanto tem sido alardeado pela Bahia afora. Há quem diga que hoje Ipiaú é cidade do minério e que por aqui o que mais existe é gente ficando rico.
Um conhecido comerciante local nos confidenciou que o mito fica só de boca. Depois do período de bonanza, quando da instalação do Projeto Santa Rita, as coisas mudaram muito. No caixa, a realidade é bem outra e os fatores para que isso ocorra são vários.
Há, por exemplo, a questão das terras que foram adquiridas no entorno da mineração e que deixaram de servir à atividade agrícola, deixando de gerar emprego e giro de renda.  Há ainda outra questão, a de que os royalties da mineração ficam para Itagibá – como se sabe Ipiaú não é beneficiado com nem um níquel desse montante.
Por outro lado, as culturas tradicionais da região, como o cacau e a fruticultura, perderam força devido à perspectiva de que o novo ciclo econômico dinamizaria mais a atuação no comércio e prestação de serviços.
Todos estes enganos combinados geraram uma situação em que o comerciante vê a mercadoria acumular na prateleira e o funcionário cobrar décimo terceiro e férias no final do ano.  Resultados?  O leitor imagina quais.
Enquanto isso, em cidades que nunca processaram um quilo de minério a vida continua. Em Jaguaquara o setor de hortifrutigranjeiros continua bancando, como faz há gerações, uma classe média forte.  Em Jequié e Itabuna as vendas de natal no comércio local deixam comerciantes de sorriso largo.
Trocando em miúdos – ou o modelo de desenvolvimento gerado a partir do novo ciclo econômico em Ipiaú precisa de ajustes ou algo de novo ainda estaria para acontecer e mudar todo o quadro.  Só que fica uma pergunta no ar:   Quando?

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