A revista americana The New Yorker publicou longa matéria em sua última edição sobre o Brasil, em que entrevistou os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso. Para a publicação – que não informa se a entrevista foi realizada antes ou depois de Lula saber que tinha câncer –, o ex-presidente petista deu repercussão à picuinha histórica com seu antecessor. “Se seguíssemos com a política de Fernando Henrique Cardoso, o Brasil teria quebrado. O Brasil deu certo apenas porque mudamos suas políticas. A única coisa que mantivemos foi a responsabilidade fiscal”, afirmou. Indagado sobre sua relação com personagens como José Dirceu (ex-deputado cassado) e Antônio Palocci (ex-ministro do governo Dilma), Lula rotulou o primeiro como “amigo” e “companheiro” fundador do PT, e sobre o segundo, afirmou: O Antonio (Palocci) é um dos companheiros mais inteligentes que conheço. Ele cometeu erros que não deveria ter cometido”, disse. Quanto à política internacional, criticou os líderes internacionais que não acataram o tratado sobre proliferação de armas nucleares assinado por Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã. “Para minha surpresa eles decidiram manter sanções, como uma punição ao Irã. Por que? Porque não foram eles que costuraram o acordo? Essa foi a primeira vez que tive a sensação de que a inveja na política é um assunto muito delicado”.
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