PET INESQUECIVEL PARA NAÇÃO RUBRO NEGRA

Uma bela festa para um personagem que vai deixar saudade. Autêntico, sem papas na língua, bom de bola. Petkovic era uma fresta de talento e boas pautas nesse futebol politicamente correto que nos assola. À altura do que representa, o sérvio acertou bons passes, um lançamento, um drible de efeito e assistiu de camarote o golaço de Renato Abreu. Humilde, Pet admitiu que a falta era longe demais para seus pés cansados, mas comemorou como se o gol fosse seu. O Corinthians já vencia por 1×0, ótima antecipação de Willian em jogada de flanco de Weldinho, e poderia até estar vencendo por mais. O time paulista sucumbiu no segundo tempo à falta de armadores – seja bem vindo, Alex – e cansou, perdendo força de ataque com a contusão de Liedson. No Flamengo, Negueba não manteve o nível do homenageado e o time só ameaçou quando Diego Maurício substituiu Wanderley. O placar não mudou porque os dois goleiros estavam inspirados e porque o poste direito parou o chute longo de Ronaldinho. Resultado justo para dois times que se ressentem de um armador que faça a ligação constante com o ataque, que chegue para o arremate, que enxergue antes e mais do que todos os outros. Triste ironia, o camarada que sabe fazer todas essas coisas estava no estádio, mas procurando entender como será sua vida a partir de agora, sem a loucura de jogar futebol. Pet, adeus.
Mauricio Neves

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