Ao lado dos filhos, Ronaldo se despede da torcida no Pacaembu
(Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)
A Seleção Brasileira se despediu nesta terça-feira de um dos seus filhos mais ilustres, que tem como sinônimos sucesso e superação. Ronaldo Luís Nazário de Lima, o Fenômeno, fez contra a Romênia, em uma fria noite de São Paulo, no estádio do Pacaembu, os seus últimos 15 minutos com a camisa 9 do time canarinho. Não teve gol, mas houve muitos gritos e aplausos para o craque que encantou o Brasil por 18 anos. E no adeus, ele pediu desculpas, sorrindo espontaneamente, como sempre fez em toda sua carreira.
- Gente, vocês são demais. Desculpem-me, eu tive três chances e não consegui fazer um gol nos meus últimos quinze minutos, o que seria uma pequena retribuição a tudo que vocês fizeram por mim. Meu muito obrigado por tudo que vocês fizeram pela minha carreira, por me aceitarem do jeito que sou, por terem chorado quando chorei, por terem sorrido quando sorri. Só tenho a agradecer do fundo do meu coração. Muito obrigado e até breve, dessa vez fora dos campos – discursou Ronaldo, em um púlpito no centro do gramado.
Trajetória fenomenal Ronaldo tinha apenas 17 anos quando estreou pela seleção principal. Foi logo em uma partida contra a Argentina, no Recife, em 1994. Ele entrou aos 35 minutos do segundo tempo, no lugar de Bebeto. De lá para cá foram 105 jogos, com 74 vitórias, 22 empates e apenas nove derrotas. Ao todo, ele fez 67 gols.O Fenômeno participou de quatro Copas do Mundo. Como reserva em 1994, nos Estados Unidos, e como principal estrela nas edições de 1998, na França, 2002, na Coreia do Sul e no Japão, e 2006, na Alemanha. Embora tenha sido bicampeão do mundo, somente na Ásia foi protagonista, sendo o herói do penta.Também com a amarelinha, Ronaldo atingiu um recorde invejado pela maioria dos atacantes do mundo: o de maior artilheiro da história das Copas do Mundo. Foram 15 gols em três edições, já que em 1994 ele não jogou. Com a camisa 9, o atacante fez quatro em 1998, oito em 2002 e três em 2006.Apesar de a CBF ter organizado um jogo amistoso para sua despedida, Ronaldo deixou a Seleção Brasileira mesmo após a derrota para a França, nas quartas de final da Copa do Mundo da Alemanha. De lá para cá, ele não foi convocado por Dunga, não tendo a chance de disputar um último Mundial.De qualquer maneira, a trajetória do Fenômeno pela Seleção Brasileira é digna de reverência, assim como toda sua história no futebol.
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