Edmundo fica sozinho em cela antes de ser transferido ao Rio

O ex-jogador de futebol e comentarista esportivo Edmundo Alves de Souza Neto foi transferido para uma cela da 3ª Delegacia Seccional Oeste de São Paulo na manhã desta quinta-feira. Ele foi preso ontem à noite e aguarda a transferência para o Rio, que deve ocorrer ainda hoje.

Após prisão, polícia do Rio vai buscar ex-jogador Edmundo em SP
Em delegacia de SP, Edmundo aguarda transferência para o Rio
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Edmundo é preso em flat na zona oeste de São Paulo
Condenado pela morte de três pessoas em um acidente de trânsito ocorrido em 1995 no Rio, Edmundo teve a prisão decretada no último dia 14. Considerado foragido, ele foi localizado após uma denúncia anônima, em um flat no Jardim Europa, zona oeste.
Antes de ser levado à cela, o ex-jogador ficou em uma sala da delegacia. Mesmo com a mudança, Edmundo permanecerá sozinho, uma vez que não há outros detentos na unidade. Ao ser levado para a cela, ele passou pelos jornalistas, mas não falou com ninguém.
A polícia informou que a prisão já foi comunicada à polícia do Rio e, agora, aguarda os procedimentos de transferência. Por enquanto, não há informações se ela será feita de carro ou avião, nem o horário. A polícia do Rio deverá buscar o ex-jogador.
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PRISÃO
Os policiais chegaram ao flat de Edmundo por volta das 23h de ontem e confirmaram com funcionários a presença do ex-jogador no local. Edmundo, que estava sozinho no apartamento, tomou um banho e ligou para seu advogado antes de ser conduzido ao 14º Distrito Policial, em Pinheiros.
Segundo informações da Polícia Civil, o ex-jogador estava calmo e disse que aguardava orientações de seu advogado para se entregar.
Edmundo era considerado foragido. A Polícia Civil do Rio já havia realizado ontem buscas em ao menos quatro endereços à procura dele, sem sucesso.
Edmundo foi condenado em março de 1999 a quatro anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto, por homicídio culposo e lesão corporal culposa, por conta de um acidente de carro ocorrido na Lagoa, zona sul do Rio, na madrugada do dia 2 de dezembro de 1995.
ACIDENTE
Na tragédia, Edmundo dirigia uma Cherokee e havia acabado de sair da boate Sweet Love com as amigas Roberta, Débora, Markson Gil Pontes e Joana, que morreu no hospital. O carro de Edmundo bateu em um Uno, na Lagoa.
Patricia Santos - 2.dez.95/Folhapress
Cherokee do jogador ex-jogador Edmundo, após colidir com outro veículo na Lagoa Rodrigo de Freitas em 1995 O Uno era dirigido por Carlos Frederico Brites Pontes, que morreu no local do acidente. Ele estava acompanhado da namorada Alessandra, que morreu no hospital, e de Natasha.
O laudo policial sobre o acidente concluiu que a alta velocidade em que o jogador conduzia seu carro foi determinante para a batida. Ele foi denunciado (acusado formalmente) por triplo homicídio culposo, em 1996.
Em sua defesa, no depoimento para o Ministério Público, Edmundo disse que foi fechado pelo motorista do Uno, mas não convenceu a Justiça.
No dia 5 de março de 1999, Edmundo foi condenado. Os advogados do jogador entraram com um recurso e conseguiram a liberdade provisória.
Em outubro, o Tribunal de Justiça confirmou a sentença e determinou a imediata detenção do jogador. Depois de ficar foragido por 24 horas, Edmundo se entregou e chegou a passar uma noite detido na Polinter (Polícia Interestadual). Foi liberado graças a uma liminar do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Em dezembro de 2000, o STJ recebeu um recurso dos advogados do esportista pedindo a diminuição da pena. Solicitaram ainda a suspensão condicional da pena e, em caso de negativa, sua substituição por penas alternativas, como a prestação de serviços à comunidade.
Além disso, o jogador teve de fazer acordos com as famílias dos envolvidos no acidente, que entraram na Justiça com pedidos de indenização.
[informações folha.com]

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