Silvio Santos pode vender o Baú da Felicidade em até 90 dias.

Segundo vice-presidente da holding, empresa pretende focar
somente em 3 áreas do R7

Divulgação/SBT

Apresentador pode deixar de ser o dono do baú

O apresentador e dono do SBT Silvio Santos poderá vender o Baú da Felicidade em até 90 dias, como parte do projeto de reestruturação da empresa após o escândalo envolvendo o ex-banco Panamericano.
Em entrevista ao portal iG, o vice-presidente do grupo Silvio Santos, Lásaro do Carmo Junior, afirmou que a empresa pretende focar somente nas áreas de comunicação, consumo e capitalização por meio das empresas Jequito Cosméticos, das 14 emissoras de televisão, entre as quais o SBT, e na Liderança Capitalização, responsável pela Tele Sena.
Outras empresas do grupo, como a construtora Sisan, o hotel Jequitimar e a seguradora Panseg, não estão à venda. Com a venda do Baú da Felicidade, o grupo pretende ter uma receita de R$ 2,3 bilhões.
O controle do Panamericano pelo grupo foi vendido em novembro do ano passado ao BTG Pactual por R$ 450 milhões, após descoberta de um rombo contábil de mais de R$ 4,3 bilhões e depois de a instituição ser socorrida pelo Fundo Garantidor de Crédito.
O R7 entrou em contato com a assessoria de imprensa do Baú da Felicidade, que negou a venda da empresa. Nenhum porta-voz da holding Grupo Silvio Santos foi localizado.
Entenda a fraude
O Panamericano, que sempre teve como pilar as operações de crédito consignado e de financiamentos de veículos e de imóveis para as classes C e D, vendia carteiras de crédito para outros bancos - entre eles, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e HSBC -, mas não dava baixa no balanço.
Como o banco não levantava os recursos para empréstimos por meio dos depósitos feitos por correntistas, ele vendia parte de suas carteiras, que são como um “pacote” de empréstimos que têm um prazo para ser totalmente devolvido. Como o banco quer o dinheiro no menor tempo possível, ele “vende” o prazo.
Imagine um pacote de empréstimos que vale R$ 10, mas que será devolvido em R$ 1 por ano, ou seja, nos próximos dez anos. Para ter o dinheiro já, o banco vende tudo por R$ 5 agora, embolsa esse dinheiro e quem comprou assume o risco de os outros R$ 5 serem pagos.
O que ocorreu foi que parte dessas carteiras, mesmo já repassada adiante, continuava entre os ativos do banco, sendo considerada como “pronta para ser vendida”. Mas, na verdade, elaa não pertencia mais ao banco

Comentários