
Mensalmente colocava um trio elétrico em praça pública para
apresentar as contas e a documentação à disposição da comunidade. Apresentava
também na Câmara de Vereadores e na Rádio Educadora. Assim, antecipamos a Lei
de Acesso à Informação. Inicio do governo tinha a maioria dos Vereadores, no
segundo semestre a minoria, não aceitaram a moralidade administrativa.
Secretarias de Educação e Saúde têm verbas carimbadas, os
recursos administrados pelas Secretárias, todavia gastos fundamentados em folha
de rosto e despacho com o prefeito. Contas, antes de enviar para o Tribunal de
Contas dos Municípios passavam para visto do prefeito, qualquer dúvida enviava
para ser auditada pela Controladoria Geral do Município. Cheques três
assinaturas, Secretária da Fazenda, Controle Interno, Presidente da Associação
dos Funcionários Públicos, Saúde e Educação a quarta assinatura das Secretárias
da Pasta.
Secretários, diretores e chefes de setores que não se
afinavam com o sistema ou perdíamos a confiança, substituíamos, sempre por uma
mulher. Não é possível ganhar a eleição com a confiança do povo e admitir
Secretários que só querem o cargo ou faltam com a honestidade.
Contratações só necessárias, fizemos informação
administrativa pedindo aos funcionários efetivos para fiscalizarem. Houve dois
concursos públicos. O ex-prefeito José Motta Fernandes, 80 anos de idade,
disse: “Se eu voltar à prefeitura, vou fazer muito do que José está fazendo,
não ficará secretário por amizade ou indicação.”
Conselhos de Controle Social (Saúde, FUNDEB, Bolsa Família,
Alimentação Escolar, Transporte Escolar) se reuniam mensalmente. As
instituições, as entidades de classe e a Câmara de Vereadores indicavam os
conselheiros, nunca interferimos, era enviado para os mesmos a prestação de
contas, 48 horas antes da reunião.
Postos de saúde, PSFs funcionavam com total organização,
medicamentos com controle de entrada e saída. Merenda escolar de qualidade.
Manutenção das escolas programada. Saúde e Educação verba carimbada do Governo
Federal, transferíamos rigorosamente a parcela do município.
A Controladoria Geral do Município, composta por 25
universitários, auditava as contas das secretarias in loco e o cadastramento do
Bolsa Família. Implantamos também o CCQ – Círculo de Controle de Qualidade
(Política Japonesa) - com reuniões mensais de secretários e diretores. Criamos
também a Comissão da Cidade para fiscalizar material de construção, entulhos
colocados indevidamente nos passeios, ruas, animais nas vias públicas,
construções irregulares, carros de som com volume alto, caminhões ambulantes
vendendo mercadoria clandestinamente. Vimos os vendedores ambulantes como uma
causa social, mas não admitíamos nas frentes das lojas. Destacamos uma rua, em
ponto estratégico ligada a praça principal.
A limpeza pública era referência. Tinha um veículo
específico para apanha do lixo que era colocado nas portas das lojas depois que
o comércio fechava. Controle de combustível, peças e manutenção por veículo.
Pneus, postes e veículos numerados. Vamos escrever na próxima semana como tem
sido administrado o Hospital Geral de Ipiaú.
Publicado no Jornal A Tarde,
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